quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

... porque primeiro preciso me apresentar...

escrever sempre foi uma paixão... nas fases mais difíceis da minha vida (mudança de cidade, pré-vestibular, faculdade...) mantive um blog e sempre me ajudou muito colocar o turbilhão de sentimentos em forma de palavras...

então, vamos lá, né?! fase de vida nova, turbilhões novos, blog novo...

oi... meu nome é Érica...

por muito tempo eu achava que não teria filhos... achava que minha vida ia tomar outros rumos... que eu ia ser sozinha, independente e "alternativa" demais... e nesse contexto não cabiam filhos...
é... adolescenta é foda... a gente acha que tem tudo resolvidinho, que os planos / pessoas / situações são imutáveis e que a vida é uma linha reta de acontecimentos...

ai, ai... quem dera...

o que realmente aconteceu foi um pouco mais turbulento...

saí do interior de Minas Gerais e fui pro Rio de Janeiro, onde eu finalmente passei pra Medicina... mas aí descobri que não é tão fácil assim salvar a humanidade... após alguns estágios em ONGs e até um mês de treinamento no Equador, eu vi que ser uma Médica Sem Fronteiras era mais complicado do que eu supunha, envolvia mais burocracia que eu supunha e definitivamente não era o sonho que eu supunha...

eu meio a isso eu conheci um cara que realmente queria ficar comigo, casar comigo... e eu que achava esse tempo todo que ninguém ia querer casar com uma pessoa tão estranha como eu...

aí comecei a fazer análise e entendi que o que eu queria MESMO era voltar pro interior... que esse lance todo de cidade grande já não combinava com os planos de vida novos... e que eu tinha mudado de idéia mesmo e ninguém tinha nada a ver com isso...

o que não mudava era a questão "filho"...

veja bem... eu sou pediatra... não é que eu odeie crianças... pelo contrário... eu as adoro... por mim estava sempre rodeada por elas... mas gerar um filho era uma idéia complicada pra mim... eu não tenho essa necessidade de GERAR... pra mim, filho é filho, não importa de onde tenha vindo... somado a isso começou a surgir um pânico de que ia dar tudo errado, que eu ia ter todas aquelas complicações que vivencio no meu dia-a-dia como médica, que eu ia morrer ou ter um filho com algum problema que também ia morrer...
ou seja, na minha cabeça todo mundo ia morrer... uma tragédia digna de novela mexicana...

aí começou a idéia da adoção...

e é sobre isso que vou escrever nesse blog...

tenho 29 anos e estou junto com o Artur (que tem 33) há 7 anos (2 desses casados)... ainda não estamos oficialmente na fila de adoção, mas os trâmites já estão correndo e espero em breve já ser cadastrada...

2016 tem tudo pra ser um ano muito bom...então bora lá!

;)

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